quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Bothropos marajoensis: o mistério da vida e da morte no tempo da vela de jupati.

Do ninhal metafísico selvagem surdiram-se curupiras, matintas-pirera e bichos do fundo. Donde também nasceu e cresceu, desmesuradamente, a Cobra grande neolítica "cultura marajoara dentre outras amazônicas criações", com suas fases da lua e datações arqueológicas determinadas por Betty Meggers e Clifford Evens: Ananatuba, 3.500 anos, Mangueiras na ilha Caviana e costa da ilha grande, ano 900 a.C., Formiga em Chaves e lago Arari, 100 a.C. Marajoara, lago Arari, 400 da era cristã. Aruã, Chaves, Caviana e Mexiana, ano 1400. Rastos mortais de gente ancestral nos sítios de bichos encantados...

Bothropos marajoensis: mistério da vida e da morte no tempo da vela de jupati. Aqueles que têm o sentimento da terra e conservam respeito à antiguidade neotropical dizem que do negro ventre da primeira noite do mundo o tempo paleolítico surdiu-se como a larva que se transforma no besouro caturra dos campos dentro de um caroço de tucumã (Astrocarium vulgare). Pra não dizer que era o ovo primordial da Boiúna. O andar do tempo ficou impresso na tatuagem da epiderme das pedras na serra Paytuna, Carajás, Serra das Andorinhas e outras partes do corpo mágico tapuia, tal qual como reza o mito fecundador da amazonidade profunda.

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