quinta-feira, 7 de outubro de 2010

siga o Deputado!

Pela onda do tuiter, o passarinho tem-tem da rede de computadores, começou por Bauru-SP, a moda de acompanhar o mandato dos eleitos pelo voto popular, a campanha #AdoteUmDeputado . Teve gente que, imediatamente, adotou o palhaço Tirica milionário de votos eleito deputado federal do estado brasileiro mais poderoso, São Paulo. Outros, entrando na onda da palhaçada, em vez de adotar um eleito do povo quiseram antes ser adotados.

Seja como for, o tico-tico da internet poderá deixar os nobres representantes do povo com a pulga atrás da orelha seguidos, dia a dia, pelos eleitores. Filho da internet, o incrível projeto de iniciativa popular “Ficha Limpa” entrou para história política brasileira como uma inesperada revolução muito além dos candidatos barrados como “ficha suja”. As entranhas do poder foram devassadas e as sutis relações entre a sociedade nacional e o mundo externo reveladas. Claro, 90% da população ainda está por fora dos acontecimentos. Mas, a revolução tecnológica das comunicações iniciada pela impressão da Bíblia com o invento de Gutemberg conquistou o mundo virtual. Algo saiu de controle das grandes corporações industriais e comerciais, quando a contradição dialética do mundo capitalista; querendo engenheiros e supercomputadores; deixou alguns moços criativos inventar em oficinas de garagem o célebre PC (computador pessoal, na sigla em inglês) e programas de uso livre.

Sem isto, com certeza, nós não teríamos visto pela TV, ao vivo, os meritíssimos do STF metidos na enrascada daquele kafkiniano empate de 5 x 5 e a impensável desistência de candidatura do populista Joaquim Roriz ao cargo de governador do Distrito Federal. Temos, então, forte impressão da gestação de uma nova queda da Bastilha, desta vez por controle remoto.

Mas a democracia estaria ela em perigo, com a rebelião das massas e rebeldia de internautas de classe média? Pelo contrário! A velha democracia representativa esclerosada e corrompida pelos lobistas, tem sua chance de rejuvenescimento justamente com a vigilância e participação dos eleitores mediante uso de modernas tecnologias de comunicação. Desde Câmaras Municipais até ao Senado políticos honestos poderão receber apoio direto de cidadãos interessados no progresso da República. Não basta votar, tem que participar dos mandatos populares.

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